quarta-feira, 6 de junho de 2007

PRIMEIRO REINADO - Hist�ria do Brasil

Per�odo inicial do Imp�rio, estende-se da Independ�ncia do Brasil, em 1822, at� a abdica��o de Dom Pedro I , em 1831. Aclamado primeiro imperador do pa�s a 12 de outubro de 1822, Dom Pedro I enfrenta a resist�ncia de tropas portuguesas. Ao venc�-las, em meados do ano seguinte, consolida sua lideran�a.

Seu primeiro ato pol�tico importante � a convoca��o da Assembl�ia Constituinte, eleita no in�cio de 1823. � tamb�m seu primeiro fracasso: devido a uma forte diverg�ncia entre os deputados brasileiros e o soberano, que exigia um poder pessoal superior ao do Legislativo e do Judici�rio, a Assembl�ia � dissolvida em novembro. A Constitui��o � outorgada pelo imperador em 1824. Contra essa decis�o rebelam-se algumas prov�ncias do Nordeste, lideradas por Pernambuco. A revolta, conhecida pelo nome de Confedera��o do Equador, � severamente reprimida pelas tropas imperiais.


Bandeira do Brasil Imp�rio

Embora a Constitui��o de 1824 determine que o regime vigente no pa�s seja liberal, o governo � autorit�rio. Freq�entemente, Dom Pedro imp�e sua vontade aos pol�ticos. Esse impasse constante gera um crescente conflito com os liberais, que passam a v�-lo cada vez mais como um governante autorit�rio. Preocupa tamb�m o seu excessivo envolvimento com a pol�tica interna portuguesa. Os problemas de Dom Pedro I agravam-se a partir de 1825, com a entrada e a derrota do Brasil na Guerra da Cisplatina . A perda da prov�ncia da Cisplatina e a independ�ncia do Uruguai, em 1828, al�m das dificuldades econ�micas, levam boa parte da opini�o p�blica a reagir contra as medidas personalistas do imperador.



fonte:

www.tg3.com.br/imperio

Um comentário:

Unknown disse...

A oposição contra a política autoritária de D. Pedro I não cessara desde a Confederação do Equador. Os críticos questionavam, por exemplo, a opressão representada pelo Poder Moderador - instituído pela Constituição outorgada de 1824 - e o predomínio do Partido Português junto ao imperador, situação que contrariava muitos interesses.

Somavam-se ainda problemas econômicos e financeiros. Alguns remontavam aos primeiros momentos do recém-criado Estado, como o reconhecimento no exterior da emancipação política e a instalação do aparelho estatal necessário em todo o território. A guerra contra as Províncias Unidas do rio da Prata também aguçara a crise com gastos militares significativos, sustentados por novos empréstimos externos.


Neste período de dificuldades, segundo o economista Celso Furtado, (...) "num país sem técnica própria", internamente a situação da agricultura era pouco promissora. Embora ao longo dos anos 20 do século XIX a empresa cafeeira "em gestação", no dizer de Celso Furtado, tenha aumentado suas exportações, o mesmo não aconteceu com produtos tradicionais como o açúcar, o algodão e também com o fumo, os couros, o arroz e o cacau.






A baixa de preços no mercado internacional - que nos anos trinta e quarenta alcançaria o próprio café - ocorria devido às possibilidades de abastecimento, dos mercados externos, em outras regiões produtoras. A Comissão de Fazenda, em parecer, alertava, preocupada, para o fato de a agricultura estar (...) "ameaçada de repentina privação de forças". Em um país de economia primário-exportadora a terra deveria ser fator de produção abundante.

Neste contexto, a principal fonte de arrecadação seriam as tarifas alfandegárias sobre produtos importados. Entretanto, a Inglaterra impôs, em agosto de 1827, um acordo comercial que limitava a cobrança destas tarifas ao máximo de 15%, conforme o valor do produto. Isto era muito pouco ante as grandes despesas que o Governo imperial enfrentava.


Para contornar a crise econômico-financeira buscou-se obter empréstimos externos, o que desagradou Martim Francisco de Andrada que entendia ser esta atitude (...) "um abismo, em que mais cedo ou tarde deviam ser precipitadas todas as nações; que os governos nunca adotariam, senão para oprimir mais facilmente os povos".