quarta-feira, 20 de junho de 2007
Primeiro Reinado
Período inicial do Império, estende-se da Independência do Brasil, em 1822, até a abdicação de Dom Pedro I , em 1831. Aclamado primeiro imperador do país a 12 de outubro de 1822, Dom Pedro I enfrenta a resistência de tropas portuguesas. Ao vencê-las, em meados do ano seguinte, consolida sua liderança. Seu primeiro ato político importante é a convocação da Assembléia Constituinte, eleita no início de 1823. É também seu primeiro fracasso: devido a uma forte divergência entre os deputados brasileiros e o soberano, que exigia um poder pessoal superior ao do Legislativo e do Judiciário, a Assembléia é dissolvida em novembro. A Constituição é outorgada pelo imperador em 1824. Contra essa decisão rebelam-se algumas províncias do Nordeste, lideradas por Pernambuco. A revolta, conhecida pelo nome de Confederação do Equador, é severamente reprimida pelas tropas imperiais. Embora a Constituição de 1824 determine que o regime vigente no país seja liberal, o governo é autoritário. Freqüentemente, Dom Pedro impõe sua vontade aos políticos. Esse impasse constante gera um crescente conflito com os liberais, que passam a vê-lo cada vez mais como um governante autoritário. Preocupa também o seu excessivo envolvimento com a política interna portuguesa. Os problemas de Dom Pedro I agravam-se a partir de 1825, com a entrada e a derrota do Brasil na Guerra da Cisplatina . A perda da província da Cisplatina e a independência do Uruguai, em 1828, além das dificuldades econômicas, levam boa parte da opinião pública a reagir contra as medidas personalistas do imperador. Sucessão em Portugal – Além disso, após a morte de seu pai Dom João VI , em 1826, Dom Pedro envolve-se cada vez mais na questão sucessória em Portugal. Do ponto de vista português, ele continua herdeiro da Coroa. Para os brasileiros, o imperador não tem mais vínculos com a antiga colônia, porque, ao proclamar a Independência, havia renunciado à herança lusitana. Depois de muita discussão, formaliza essa renúncia e abre mão do trono de Portugal em favor de sua filha Maria da Glória. Ainda assim, a questão passa a ser uma das grandes bandeiras da oposição liberal brasileira. Nos últimos anos da década de 1820, esta oposição cresce. O governante procura apoio nos setores portugueses instalados na burocracia civil-militar e no comércio das principais cidades do país. Incidentes políticos graves, como o assassinato do jornalista oposicionista Líbero Badaró em São Paulo, em 1830, reforçam esse afastamento: esse crime é cometido a mando de policiais ligados ao governo imperial e Dom Pedro é responsabilizado pela morte. Sua última tentativa de recuperar prestígio político é frustrada pela má recepção que teve durante uma visita a Minas Gerais na virada de 1830 para 1831. A intenção era costurar um acordo com os políticos da província, mas é recebido com frieza. Alguns setores da elite mineira fazem questão de ligá-lo ao assassinato do jornalista. Revoltados, os portugueses instalados no Rio de Janeiro promovem uma manifestação pública em desagravo ao imperador. Isso desencadeia uma retaliação dos setores antilusitanos. Há tumultos e conflitos de rua na cidade. Dom Pedro fica irado e promete castigos. Mas não consegue sustentação política e é aconselhado por seus ministros a renunciar ao trono brasileiro. Ele abdica em 7 de abril de 1831 e retorna a Portugal.
Fonte: Iago
motivos que levarão D.pedro a abdicação
Diversos foram os motivos que levaram D. Pedro I à abdicação. Seu pai, D. João VI, havia falecido em Portugal em 1826 e D. Pedro I fora proclamado seu sucessor. De início aceitou a herança do trono, dando inclusive uma Constituição a Portugal e nomeando uma regência para representá-lo. Com isto irritaram-se os brasileiros, que achavam que o imperador devia dedicar-se exclusivamente aos negócios do Brasil.
Para acalmá-los, Pedro I renunciou à Coroa Portuguesa em favor de sua filha D. Maria da Glória, ainda menor, estabelecendo que ela deveria casar-se com D. Miguel, irmão de D. Pedro I, e esse governaria como regente enquanto durasse a menoridade da princesa. Contudo, não se realizaram os planos do Imperador: em 1828 D. Miguel proclamou-se rei de Portugal, implantou um governo despótico e recusou-se a desposar a sobrinha, mandando-a de volta ao Brasil.
A estas preocupações de D. Pedro I com a sucessão portuguesa juntavam-se outros fatos, que contribuíram decisivamente para a sua impopularidade: embora considerado "liberal por instinto", punha em prática cláusulas constitucionais absolutistas, o que acirrou os conflitos entre o Executivo e o Legislativo. Ao encerrar a sessão de 1829 do Legislativo, em vez da costumada e cerimoniosa "fala do trono", usualmente longa, limitou-se D. Pedro I a dizer: "Augustos e Digníssimos Senhores Representantes da Nação Brasileira: está fechada a sessão".
Não só no âmbito político, senão também no popular caiu muito a popularidade do imperador, especialmente por suas ligações amorosas com D. Domitila de Castro, a quem agraciou com o título de Marquesa de Santos, assim como pelo prestígio que dava ao seu secretário particular, Francisco Gomes da Silva, apelidado o Chalaça, homem que, segundo os cronistas, era "de pouca instrução e terrível intrigante".
quarta-feira, 6 de junho de 2007
PRIMEIRO REINADO
Per�odo inicial do Imp�rio, estende-se da Independ�ncia do Brasil, em 1822, at� a abdica��o de Dom Pedro I , em 1831. Aclamado primeiro imperador do pa�s a 12 de outubro de 1822, Dom Pedro I enfrenta a resist�ncia de tropas portuguesas. Ao venc�-las, em meados do ano seguinte, consolida sua lideran�a.
Seu primeiro ato pol�tico importante � a convoca��o da Assembl�ia Constituinte, eleita no in�cio de 1823. � tamb�m seu primeiro fracasso: devido a uma forte diverg�ncia entre os deputados brasileiros e o soberano, que exigia um poder pessoal superior ao do Legislativo e do Judici�rio, a Assembl�ia � dissolvida em novembro. A Constitui��o � outorgada pelo imperador em 1824. Contra essa decis�o rebelam-se algumas prov�ncias do Nordeste, lideradas por Pernambuco. A revolta, conhecida pelo nome de Confedera��o do Equador, � severamente reprimida pelas tropas imperiais.
Bandeira do Brasil Imp�rio
Embora a Constitui��o de 1824 determine que o regime vigente no pa�s seja liberal, o governo � autorit�rio. Freq�entemente, Dom Pedro imp�e sua vontade aos pol�ticos. Esse impasse constante gera um crescente conflito com os liberais, que passam a v�-lo cada vez mais como um governante autorit�rio. Preocupa tamb�m o seu excessivo envolvimento com a pol�tica interna portuguesa. Os problemas de Dom Pedro I agravam-se a partir de 1825, com a entrada e a derrota do Brasil na Guerra da Cisplatina . A perda da prov�ncia da Cisplatina e a independ�ncia do Uruguai, em 1828, al�m das dificuldades econ�micas, levam boa parte da opini�o p�blica a reagir contra as medidas personalistas do imperador.
fonte:
www.tg3.com.br/imperio